Camarilla
A Camarilla é a maior seita vampírica, uma organização que, de um modo geral, representa e protege todos os vampiros e de qual tecnicamente qualquer vampiro faz parte. É composta por sete Clãs (ou por seis, dependendo do ano em que se passa a história), mas defende que representa cada vampiro que obedeça suas leis. A mais famosa de suas Tradições (como chamam suas leis) é A Máscara.
Além de prevenir que os mortais, cada vez mais numerosos, descubram sobre a existência dos vampiros, a Camarilla defende o status quo da sociedade dos Membros e, portanto, muito de sua organização e de suas leis reflete a sociedade vampírica da Europa Medieval.
Basicamente, a forma da Camarilla manter a ordem é defendendo as Tradições, que entre outras coisas apoia um sistema feudal de domínios e territórios e o poder e responsabilidade do Senhor sobre suas crias, num sistema muito próximo ao de suserania e vassalagem, o que leva ao fato dos vampiros mais velhos e mais poderosos terem precedência sobre os mais jovens. Tal organização, muitas vezes, gera um grande ressentimento entre os vampiros mais jovens – o que levou inexoravelmente a uma Revolta Anarquista.
A postura dos vampiros da Camarilla em relação aos mortais é totalmente pragmática. Quando a humanidade, na Idade Média, estava ainda na casa de alguns milhões, os vampiros sofreram com a Inquisição, que levou muitos vampiros a encontrar sua Morte Final. Agora que a humanidade está na casa dos bilhões, é importante para os vampiros que se acredite que eles não existam. Mesmo que os vampiros sejam poderosos, existe um grande número de humanos para cada vampiro – sem contar os outros seres sobrenaturais, com seus próprios poderes, propósitos e motivações obscuras para os Membros, que facilmente se voltariam contra eles. Não… melhor deixar que o Rebanho seja docemente conduzido por políticas e manipulações. Afinal, vampiros vivem para sempre, e para sempre é muito tempo para se arriscar.
Assim sendo, a Camarilla defende que os vampiros coexistam pacificamente com os humanos, adotando seus valores éticos e morais para melhor nela se esconder, num jogo de fumaças e espelhos. Não que eles realmente defendam os humanos – mas não querem apostar sua Imortalidade. Como os Membros são encorajados a se misturar com os mortais e se disfarçar entre eles, mantendo a civilidade e a compostura, acabam por manter certas características humanas, chamada de Caminho da Humanidade. As outras Trilhas de Iluminação raramente são encontradas entre Membros da Camarilla, e geralmente, apenas entre vampiros mais velhos, que já se desligaram completamente da noção do que é ser humano.
A grande maioria dos vampiros não tem mais do que um ou dois séculos e, portanto, não estavam vivos na época em que os míticos Antediluvianos eram poderes ativos no Mundo das Trevas. Embora aprendam sobre Caim e o mito da criação dos vampiros, a maioria dos vampiros modernos zomba dessas lendas para assustar criancinhas da noite, e alguns chegam a procurar modos mais científicos de compreender a existência de sua espécie.
Nascida das chamas da Inquisição e das cinzas da Revolta Anarquista, que ameaçavam o domínio dos vampiros por toda a Europa. Após o ataque ao ancião Ventrue Hardestadt, os que viriam a se tornar os Fundadores da Camarilla reconheceram a necessidade de uma aliança organizacional mundial. Mas, desde o princípio, traições, politicagens e reviravoltas fazem parte do coração morto-vivo da Camarilla, que foi anunciada formalmente em 1435.
Sabá
Fundado pelos Clãs Tzimisce e Lasombra, que alegam terem destruído seus Antediluvianos na turbulência da Revolta Anarquista, atraiu inúmeros dissidentes dos outros Clãs, tanto da Camarilla quanto Independentes.
Todos os Sabá, como são conhecidos os seus membros, aderem ao chamado Código de Milão, que prega lealdade à Seita e aos companheiros de bando, além da liberdade dentro da Seita e sua defesa acima de tudo.
Com uma mentalidade de “nós contra o mundo”, os Sabá defendem que vampiros são como uma evolução da espécie, acima da humana e que se baseia em princípios de lealdade e liberdade – a lealdade sendo muito bem mantida através do ritual da Valderie, que cria profundos laços emocionais entre seus membros Cainitas.
Ainda que pareçam extremamente anárquicos, são altamente hierarquizados e ritualísticos. Irônicos, é comum o uso de símbolos religiosos, como crucifixos, entre suas fileiras de mortos-vivos mais jovens. A diversão está em ser um condenado carregando por ai um símbolo mortal de salvação. Não acreditam em estado de amaldiçoados ou no poder divino?
São diversos os símbolos, signos e sinais que os membros do Sabá usam pra se identificar, desde o uso de cores, símbolos, gestos específicos e senhas, ao menos na teoria. Na prática, a maioria dos vampiros das ruas conhece poucos dos sinais, mas acabam conhecendo seus companheiros durante seus ritae. Geralmente, só os Bispos ou Arcebispos são capazes de identificar corretamente vampiros que pertencem ou não à Seita, e quando se considera que muitos bandos são nômades… as coisas começam a ficar interessantes.
Novatos (principalmente os Abraçados durante os Festins de Criação, as famosas Festas da Pá) costumam perguntar para que tantas frescuras com senhas e outras coisas de espionagem, se a ideia é muito clara: derrubar a Camarilla e sua Máscara idiota e governar a humanidade. Bom, estes novatos são as famosas buchas de canhão, já que não aprendem com os mais velhos que não-viveram nos dias da Inquisição. Antes de chegar lá, você precisa se provar digno de tal, e seu bando forma uma espécie de milícia em uma guerra de guerrilhas.
Com a paranoia crescente ao longo de uma noite após a outra, a postura de “nós contra o mundo” muitas vezes passa a ser de “eu contra o mundo”. Com uma Seita altamente hierarquizada e noites violentas, os vampiros do Sabá precisam sobreviver por tempo o bastante para galgar degraus na estrutura de poder – que não é rígida como na Camarilla, apesar de toda a hierarquia. No fim, só os mais fortes sobrevivem.
Os Anarquistas
A maioria dos vampiros de uma das duas maiores seitas não considera os Anarquistas como uma seita, mas como um amontoado de crianças da noite desmioladas querendo contestar o status quo dos papais – a Camarilla. Porém, os Anarquistas se apegam a valores e crenças muito distintos e exercem um considerável poder político na não-vida vampírica. Basicamente, acreditam na igualdade de direitos e deveres para todos os Membros e que os não-vivos devem levar suas não-vidas da forma que desejarem sem, no entanto, interferir na liberdade alheia.
Embora tais crenças sejam, teoricamente, justas, são difíceis de serem aplicadas num Mundo das Trevas opressor e violento. Portanto, a maioria dos Clãs vê os Anarquistas como ingênuos, o que resultou no fato d que nenhum Clã formalmente se juntou a eles. Seu contingente é formado por vampiros discrepante de todos os 13 Clãs. Ainda que sejam a menor das seitas, contam com pensadores brilhantes em suas fileiras. Enxergam a Camarilla como tiranos opressores servidos por uma massa de escravos ignorantes presos a um sistema feudal e o Sabá como um grupo perigoso de fanáticos intolerantes escravos de sua religião como a Camarilla é de sua político
Os Inconnu
Os Inconnu não são exatamente uma seita. São vampiros que, cansados de servir de fantoche para seus senhores e anciões e das ações frenéticas dos vampiros mais jovens, se afastaram das ambições políticas por trás da Jyhad vampírica. Há rumores de que passam a maior parte do tempo em torpor, um estado de sono sobrenatural dos vampiros e que pode durar até mesmo séculos ou ainda mais tempo, como modo de escapar das políticas vampirescas. Muitos Membros sussurram que os Inconnu alcançaram a Golconda, estado mítico de salvação vampírica equivalente ao Nirvana. Seus objetivos, se é que existem, permanecem desconhecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário